domingo, 28 de dezembro de 2008

Cronicas da republica (19)

Paz Podre

---Para oeste então. Marchamos para o império Fozium---Diz Sir Zemis enquanto monta a cavalo.
---Não…---Diz o imperator calmamente---Voltamos hoje para a Kapital.
---Para a Kapital…???---Pergunta Sir Zemis incrédulo--- Mas Gonçalvs e Flowers podem estar a reunir um exercito neste momento!! Temos que ataca-los agora enquanto eles estão fracos.
---Sir Zemis, há mais na guerra do que apenas vencer batalhas: é preciso também pagar e alimentar os soldados. E a cada momento isso se torna mais difícil.---Diz o Imperator enquanto se dirige calmamente para o cavalo--- Temos que voltar para a Kapital: os soldados querem ver as suas famílias, o povo quer ver o seu exército a voltar em triunfo, os feridos precisam de ser tratados, e é preciso arranjar dinheiro.
---Mas e o Gonçalvs e Flowers?
---Eles ainda vão demorar muito tempo a reunir um exército, inoperantes como são…--- responde o imperator enquanto monta a cavalo---Temos tempo…No entanto isto deve ficar apenas entre o estado maior, comprendido?!!
---Sim senhor!!!--- responde o estado maior em uníssono.
O exército forma-se em coluna, os oficiais montam a cavalo, e começam todos a marchar lentamente pela estrada que os conduz á capital…
Sir Zemis mete a galope para se aproxima-se do Imperator. Este está acabar de assinar uns documentos: tinha-se habituado a trabalhar enquanto montava… era uma forma de poupar tempo.
---Senhor, dais-me dois minutos (pergunta Sir Zemis)?
---Sim, porque não…---Responde o Imperator enquanto entrega os documentos ao servo. Sir Zemis espera que ele se afaste e começa:---Sabeis de quem é a culpa de haver falta de dinheiro, não sabeis?
---Eu diria que somos um pouco culpados disso, dado termo-lo gasto nesta ultima campanha…---Responde o Imperator ironicamente.
---Não brinqueis comigo!!--- responde Sir Zemis irritado---Sabeis prefeitamente do que eu estou a falar: a culpa é dos nobres e dos plutocratas.
O imperator interrompe-o. Sir Zemis esquecei-vos que vos próprio sois nobre. Quase todos os oficiais o são. Quereis que eu me vire contra eles?

Não estou a falar desses. Estou a falar dos outros: dos patrícios sagrados: É velos com minas de prata, rios de dinheiro, e milhares de acres de terra, e nem um cêntimo pagam em impostos. Pior: muitos deles aliam-se aos inimigos da república fornecendo-lhes dinheiro e informações. Ou como pensais que o Barbosa conseguiu o apoio de Al-mutamide e de Flowers?


Fig. 1: Sir Zemis e o Imperator discutem sobre o estado actual da republica

---Não sei… Prometendo-lhe muitos beijinhos…? ---Pergunta-lhe o Imperator a rir-se….
---Lá estais vos a gozar com coisas serias!!---Responde Sir Zemis cada vez mais irritado.---Não gostais de viver? Não sabeis que toda essa gente, conspira toda contra vós??
---Tende calma Sir Zemis. Sabeis do que se trata isto?--- Pergunta o Imperator tirando um papel do bolso--- É uma lista encontrada no quarto do palácio do Barbosa, esse rebeldezeco que pinta as unhas dos pés e usa fio dental. Nesta estão os nomes de todos os patrícios sagrados, senadores e plutocratas que apoiavam o Barbosa…
Sir Zemis assobia, impressionado:--- Que ides fazer com ela?
---Nada.---Responde o imperator voltando a por o papel no bolso--- Ou pensais que o nome de “patrícios sagrados” vem do nada? Não sabeis que eles são protegidos pelos intocaveis monges guerreiros do Templo Opus Creu, os únicos que podem matar na Kapital?
---Esses são outros que também podiam ir á vida!!!--- Responde Sir Zemis---Porque não? São uma cambada de charlatões…Principalmente os actuais grãos-mestres: Antonius Santus e Tomazium Beatus: com as suas rezas e as suas magias (isto para não falar das perseguições religiosas): tudo truques…ou agora acreditais que também eles são sagrados?
---Não, não acredito. Mas não há um único soldado que não acredite, que eles tem um poder sobrenatural.---Responde o Imperator---Não é que os admirem. Simplesmente como pessoas supersticiosas que são, nunca teriam coragem dos atacar. Portanto Sir Zemis não blasfemes…
No horizonte avistam-se as muralhas vermelhas de Kapital: ---Esta conversa terminou. Não se fala mais nisto percebesteis?---Diz o Imperator. Depois vira-se para trás e diz:---MEUS SENHORES, AÍNDA HOJE CHEGAREMOS Á KAPITAL!! HOJE Á NOITE FESTEJAREMOS NO MEIO DO NOSSO POVO!!
O exército rompe em exclamações: HUUUUURRRRRRRRRRAAAAAAAAAAA!!!

3 comentários:

BSC disse...

Queremos a Senadora Lamb a combater ao lado do Imperator e de Sir Zémis!!!!!!! E a dar a todos os traidores da República a mais sangrenta das MORTES!!!!!!!!

Tomás Gonçalves da Costa disse...

Tende medo, muito medo.
Atenciosamente
Um fiel do Templo Opus Creu

José Miguel Guimarães disse...

LOOOL!!