Na anterior HIGIENE SOCIAL, descrevemos uma tribo bem tipificada e optimamente individualizada da sociedade em geral, da sociedade portuense em particular. Nesta terceira limpeza geral escolhemos uma outra tribo também ela feminina, não feminista à qual designamos "FAROESTE CONTEMPORÂNEO".
Lido este título avassala-nos de imediato a cabeça que este texto será sobre um filme de cowboys, índios, gente do Texas, pó, cavalos, ou ainda pistolas. Mas, não! Nada disto será tratado neste HIGIENE SOCIAL III, ou melhor, tratará eventualmente de pistolas, sendo este termo sinónimo para a tribo fémea em causa.
Comecemos pelo ínicio: estas Senhoras vulgarmente designadas de pistoleiras, nasceram/nascem nos arredores, subúrbios, enfim, "margens"(sul/norte) dos grandes centros urbanos: Porto e Lisboa. São geralmente de classe média, média-baixa; não terminaram/terminam a escolaridade mínima obrigatória, sendo naturalmente medíocres no âmbito intelectual; têm as suas leituras obrigatórias, de onde se destacam as sempre picantes Maria, Mariana, TeleNovelas, MulherModerna, além da Ana+Atrevida, onde a parte das revistas semanais que destacam é o Consultório Sexual; o gosto musical é limitado: ou pimba, ou regaetton (este mais recente); as roupas são deveras chocantes, berrantes, provocantes, encandescentes, brilhantes...; sabendo que os seus QI não vão muito além, as suas profissões são comumente: cabeleireiras, manicures, esteticistas, empregadas das caixas do Continente, e/ou pouco mais do que isto.
Contudo, há um facto na vida de todas as militantes desta tripo, que lhes mudará para sempre os seus quotidianos sociais: o casamento.
Por um lado, poderão casar-se com algum parolo oriundo do mesmo sítio donde elas vêm: se for em Lisboa, eles podem vir de Almada, Corroios, Foros da Amora, Seixal, Odivelas, Loures, Lourinhã, Porcalhota; se for do Porto, eles podem vir de Ermesinde, Lousada, Valongo, Famalicão, Santa Maria da Feira, Paços de Ferreira (isto claro está, se for algum magnata do móvel). Estes Senhores, digamos que, são trabalhadores, esforçados, labregos, ricos, e sem gosto algum. Coitados, são uns verdadeiros bonecos nas mãos das já esposas (pistoleiras). Nestes casos, em que a origem do casal é a mesma, geralmente elas traem, sentindo-se apenas saciadas nas suas carteiras. Com o casamento, elas deixam de trabalhar, perdendo um pouco da sua pistoleirice, ganhando um pouco mais de parolice.
Por outro lado, também há aqueles casamentos, em que ele não é (no início) parolo. Nestes casos, é o marido que trai inicialmente a esposa com uma garota de programa qualquer (pistoleira sempre! À boa maneira da já finda relação Jorge Nuno-Carolina), o qual decide casar-se com a pistoleira. Posto isto, ela tem uma ascenção social nunca sentida, vendo-se encantada com tudo o que vê; daí que, mude radicalmente a sua postura: se fora cabeleireira, não voltará a dialogar com a ex-amigas e ex-colegas, muito menos voltará ao seu estabelecimento profissional, com medo de relembrar a vida que outrora tinha.
Na prática estas últimas: adoram jantar em restaurantes grandes, megalómanos, nada intimistas. Se forem do Porto, será concerteza um lugar de eleição o restaurante D'Oliva. E, naturalmente o visual terá radicalmente que ser renovado optando pelo mesmo registo de sempre: roupas francamente pistoleiras. Logo, há zonas obrigatórias: a zona trendy do Porto, o Aviz, para gastarem rios de dinheiro (do marido) nas lojas como a Mygood, a Gucci, a Fashion Clinic, ou outras que de tão emproados nomes não me recordo por agora.
7 comentários:
À NOITE estes seres costumam ser vistos em discotecas de gosto duvidoso que no Porto são Via rá+ida, Chic, River...para estas noites normalmente vestem-se super produzidas e ai é que são mais facilmente identificadas...nunca se esquecem de usar um acessório fundamental...a bota branca, prateada ou dourada...
Completa na perfeição tal descrição!
Esta descrição quase me faz lembrar outra classe muito caricata, as mulheres de jogadores de futebol! Tb vêm da periferia e gastam o dinheiro do marido nas Fashion Clinic's e outros afins!
Se há coisa que as pistoleiras (pelo menos no norte) guardam, é o seu sotaque carregado!
Bem feito Gonçalo
Muito bom... as marcas favoritas destes seres são:
--> calças Just Cavalli;
--> óculos Vogue;
--> Tudo o que seja D&G;
--> Tudo o que esteja à venda na FC;
--> Tudo o que seja do tipo "tigresa";
--> Bota branca ou dourada.
PS:Não há Gucci no Porto Cevada, nem elas são dignas de terem algum adereço GUCCI.
ahahah ribeirinho sempre a defender o seu GUCCI !!
AH... e não é Mygood... penso que é Mygod
Cevada, esqueceste-te que de mencionar que uns aninhos após o consumar do casamento, essas mesmas pistoleiras desatam a alargar as zonas intermedias da sua silhueta passando a fazer parte de uma tribo ainda mais perigosas... as pistoleiras-wrestlers.
E são pistoleiras-wrestlers pelo simples facto de que, com o nova arma que acabaram de adquirir (o seu peso generoso) podem facilmente atirar-se para cima do seu marido "Tóne", "Manel" ou "Jaquim" e fazerem um F.U. bem ao jeito do John Cena!
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