COLUNA: HIGIENE SOCIAL II

Caros companheiros de lavoura e da horta, hoje numa tentativa de educar cada um em se auto-criticar e, no fundo ter alguma capacidade de encaixe, não farei uma coluna semelhante à anterior (pelo menos por enquanto), mas sim uma limpeza argumentativa a um grupo feminino, não feminista, tão presente nos meios sociais que circulamos: "A BRIGADA DA BANDELETE".

A brigada da bandelete é obviamente liderada por "meninas", as quais são de uma versatilidade, mutabilidade e antagonismos fabulosos. Estarão porventura a pensar, será um novo adereço de moda lançado por Miguel Vieira, tal como aquele dos sacos enormes (desenvolvidos pelo mesmo) que a minha cara amiga Mafalda Alúa tanto usa?! Não! Será uma tentativa do Sr. Sócrates impor por decreto falsos moralismos, muito ao género do que acontecia no "tempo da outra senhora", vulgo Salazar. Tempo este em que a bandelete pelo menos nos salões de Lisboa imperava como um adereço moderno? Também não!

Trata-se de um grupo de "meninas" de óptimas famílias, se forem do Porto têm necessariamente ser "fozeiras", e que, empregam nomes como Constança, Madalena, Carminho, Rosarinho, Vitória, Maria (só), enfim, neste registo. As idades destas rondam os 20 vinte anos (geralmente), ainda que existam algumas precoces; todas frequentaram ou frequentam colégios do melhor que há, ou então quando o seu espírito pseudo-rebelde se revela cedo, nesses casos podemos encontrá-las na Escola Secundária Garcia de Orta (isto claro, se estudarem no Porto), ou só Garcia (Informação: neste estabelecimento de ensino há um sotaque próprio, sendo o mesmo requisito de pertença às tripos que lá estudam). Visulmente andam todas de igual ou porque a farda do colégio assim obriga, ou não havendo farda, há certamente um traje social obrigado, conclusão parecem pavões!

Adoram ir a todas as festas, onde procuram ver e ser vistas, especialmente na linha da foz (Avenida do Brasil, Porto), em particular nos bares do molhe. Fingem que adoram o género de música electro, mas no fundo estão desejosas por ouvir as grandes baladas da M80 (música empoerada). Fazem da noite o seu palco, onde assumem o papel de meretrizes, reiterando-o noite após noite, festa após festa.

Contudo, há uma rotina dominical que faz destas "meninas" quase santas. São presenças assíduas nas missas de domingo. Pensamos portanto, porque não beatificá-las?! Resposta: "isso demora muito tempo, mas até tinha piada". Dão catequese, fazem as leituras da cerimónia religiosa, e acima de tudo, vão "tapadas" para a igreja. Uns autênticos fenómenos!

Muitas delas, admitem que necessitam de ir aos domingos à missa para se sentirem melhores, no fundo, para fazerem descançar as suas conscienciazinhas atormentadas com a movida nocturna.

Impõe-se a questão: será que o Marco Paulo ao escrever e cantar a famosa: "Uma lady na mesa, uma louca na cama", não se terá baseado antes na possível: "Uma beata na missa, uma ninfómaniaca onde der"?